Dúvidas frequentes

A varicela, mais conhecida como catapora, é uma doença causada por um vírus, que tem grande poder de transmissão, principalmente nos meses da primavera.

Nas crianças, o quadro geralmente inicia com febre e outros sintomas, como dor abdominal, coriza e tosse. Após cerca de 2 dias, surgem lesões vermelhas, principalmente na face e no tronco, que rapidamente se espalham e se transformam em vesículas ("bolhas d'água"), acompanhadas de muita coceira. A criança só deixa de transmitir a doença quando todas as lesões estiverem secas, na fase de crostas, o que geralmente leva de 5 a 7 dias para ocorrer e por isso deve ser mantida afastada da creche ou escola nesse período.

As unhas devem ser cortadas, banho somente com água e sabonete e em alguns casos pode ser necessário o uso de xarope antialérgico ou antibiótico. Evite medicações derivadas do ácido acetilsalicílico por possíveis complicações durante a catapora!

A melhor forma de prevenção é a vacina que já está disponível nas clínicas particulares para crianças acima de 1 ano. Os adolescentes e adultos que ainda não contraíram a catapora deverão ser vacinados pois há maior chance de complicações. A gestante susceptível que entrar em contato com um caso de varicela deverá procurar atendimento médico imediato. Ainda não há confirmação de quando a vacina chegará aos postos de saúde e quais crianças terão direito a ela.

Uma avaliação com o pediatra é fundamental para que seja confirmado o diagnóstico e sejam obtidas as informações necessárias para a prevenção das complicações.

A Enurese Noturna é definida como a perda involuntária de urina durante a noite em crianças maiores de 5 anos, chegando a acometer 15% das crianças nessa faixa etária. É mais comum entre os meninos e causa uma série de repercussões para o paciente e toda sua família.

Hoje já se tem definido que se um dos pais foi enurético, haverá uma chance de 40% de um de seus filhos apresentar o mesmo problema. O sono dessas crianças também é mais profundo que o habitual e por isso há uma dificuldade no despertar delas. É comum esses pacientes apresentarem sintomas de disfunção miccional também durante o dia, com pequenas perdas urinárias após longos períodos prendendo o xixi e associação com constipação intestinal. Existem doenças que podem cursar com enurese, como, por exemplo, a Diabetes e por isso, esse quadro deverá sempre ser discutido com o Pediatra.

É importante ter uma visão global da criança, pois momentos de ansiedade podem exacerbar o quadro, como a separação dos pais, mudança de escola, chegada de um novo irmão, agenda lotada de atividades, cobrança excessiva, entre outros.

Como se trata de um quadro totalmente involuntário, não é admissível cobrar da criança a responsabilidade de acordar a noite para urinar. Os castigos, físicos ou por palavras, somente pioram o quadro e agudizam a depressão emocional que a criança sofre por não conseguir alcançar o tão desejado controle do xixi. Não se deve nunca prometer presentes em recompensa por noites secas. Isto não só frustra a criança duas vezes (não ganha o prêmio e não consegue controlar o xixi) como também aumenta sua ansiedade, piorando o quadro noturno.

Atualmente, existem tratamentos medicamentosos e /ou com dispositivos (alarmes), eficazes para o controle da enurese. Para que tenhamos sucesso, temos que ter uma criança que realmente queira se dedicar ao tratamento, motivada por pais que, ao invés de cobrar atitudes, a envolve com dedicação e carinho trazendo-lhe a segurança que precisa para enfrentar este desafio em sua vida.

Fonte:

Dra Marcela Prates Braz
Especialidade: Pediatria e Puericultura
CRM/SC 16065 | RQE 8033

Currículo

Os bebês nascem com todos os dentes. Não podemos vê-los porque estão escondidos nas gengivas.

Os dentes do bebê começam a cortar as genvivas aproximadamente aos 6 meses, porém é importante começar a praticar a boa higiene bucal, inclusive antes que saia o primeiro dente.

De gengivas sadias crescem dentes sadios.

Aos 3 anos de idade, as crianças têm todos os dentes de leite, que se denominam dentes primários.

Os dentes de leite começam a cair aproximadamente aos 6 anos e nesse momento começam a sair os dentes permanentes ou adultos.

É normal que haja espaços entre os dentes de leite porque deixam lugar para os dentes permanentes.

A maioria destes já terá saído aos 13 anos de idade.

Fonte:

Dr. Rafael Reginato
Especialidade: Dentista
CRO 10383

Currículo

O momento da retirada de fraldas dos filhos sempre gera muitas dúvidas nos pais e o que garante o sucesso nessa nova etapa é a tranquilidade com que toda a família irá lidar com as modificações que irão ocorrer.

O fato de permanecer mais tempo com as fraldas não significa atraso do desenvolvimento e deve ser encarado com naturalidade pela família. Isso é muito importante para que não ocorra uma frustração em uma tentativa prematura da retirada de fraldas sem a criança estar realmente pronta para isso.

Sequência normal do controle de urina e das fezes:
1º Controle noturno das fezes.
2º Controle diurno das fezes.
3º Controle do xixi durante o dia.
4º Controle noturno do xixi.

É muito importante ressaltar que não são os pais ou a creche que vão definir o momento exato para o início da retirada de fraldas. Através de pequenos gestos, a própria criança se mostrará capaz de iniciar esse processo.

Sinais que indicam que seu filho está pronto para sair das fraldas:
• Pode expressar e entender palavras ou comandos simples.
• Já começou a imitar coisas que os outros familiares fazem.
• É capaz de permanecer sentado, quieto no mesmo lugar, por alguns minutos.
• Deseja ser trocado imediatamente após ter molhado ou sujado sua fralda.
• Está ansioso para agradar os pais de alguma maneira.
• É capaz de ficar seco por duas ou mais horas ou acordar seco após uma soneca.
• É capaz de tirar sua roupa e sua fralda.
• Já fala sobre vontade de fazer xixi ou avisa que já fez xixi.
• Pede para usar o penico ou o vaso.
• Quer esconder dos outros que está usando fraldas.

Existem algumas situações especiais em que a criança está mais fragilizada e por isso devemos evitar o início da retirada de fraldas. Entre elas, estão: chegada de um novo irmão, morte recente na família, novo lar, nova creche ou escola, nova babá, doença importante recente, fase desafiadora ou resistente e problemas de relacionamento entre os pais.

Quando os pais estiverem seguros de que seu filho está pronto para sair das fraldas e que toda família está em um momento adequado para dar início a esse processo, algumas dicas importantes deverão ser seguidas.

Dicas para iniciar a retirada de fraldas:
• Tenha certeza de que todos os envolvidos com a criança estejam sabendo sobre as atitudes a serem tomadas.

• Faça a criança entender que ela tem um papel importante no processo.

• Saiba quando desistir e quando tentar novamente mais tarde.

• Ofereça líquido abundantemente durante o dia para que a criança faça mais xixi.

• O penico ideal é aquele que permite que a criança permaneça com os dois pés apoiados no chão. Se você optar por um redutor de assento para usar no vaso sanitário, garanta também um apoio para os pés.

• Faça uma festa nas primeiras vezes que seu filho usar o penico. Deixe primeiro ele sentar no penico de roupa mesmo, depois só de fralda e por fim sem a fralda. Tanto meninos como meninas devem começar o treinamento sentando-se no penico.

• Deixe que seu filho veja-o usando o banheiro, sentado no vaso sanitário. Para isso, mantenha a porta do banheiro aberta.

• Evite comentários de que o xixi ou o cocô são sujos ou nojentos. Deixe que seu filho acione a descarga do banheiro. Não esquecer em dar “tchau” para o xixi e para o cocô e de sempre lavar as mãos após.

• Para as meninas é muito importante que a higiene seja sempre feita da frente para trás, no sentido da vagina em direção ao ânus, para que seja evitada uma contaminação. Muitas mulheres adultas desconhecem esta orientação e, além de fazerem de forma incorreta, repassam a informação às suas filhas.

• Faça com que a ida ao banheiro seja muito divertida! Escolha na loja com seu filho o penico preferido, decore com adesivos, utilize produtos de limpeza que deixem a água do vaso colorida, deixe o banheiro com brinquedos e historias que seu filho goste.O ideal é que ele vá ao banheiro sempre na companhia de alguém que lhe transmita segurança.

• Brinquedos e bonecas que imitam fazer xixi ou ida ao penico são exemplos excelentes para as crianças. Livros com histórias sobre o treinamento para controle de xixi são divertidos e informativos – leia-os com o seu filho várias vezes!

• Utilize roupas que sejam fáceis da criança retirar sozinha. Nunca retarde a ida ao banheiro quando a criança pedir.

• Mantenha a criança com as fraldas limpas e secas o maior tempo possível. Assim ela ficará acostumada com a sensação e desejará evitar uma fralda pesada, molhada e com cheirinho ruim.

• Não considere o controle noturno como critério de sucesso durante o período inicial da retirada de fraldas.

Quando iniciamos a retirada de fraldas precocemente, ao invés da criança aprender a controlar o xixi, aprende a PRENDER o xixi… Isto tem repercussões importantes na saúde do aparelho urinário da criança e pode ter consequências para toda a vida, como infecções urinárias de repetição e disfunção miccional. Por isso, é importante ressaltar que o relógio biológico do seu filho não corre no mesmo tempo do nosso relógio de pulso e não sabe da necessidade de adequar a criança a nossa rotina.

Evite sempre punições e ameaças durante o processo de retirada de fraldas. Aproveite essa fase de mudanças e de desenvolvimento para estreitar cada vez mais os laços de carinho, apoio e amor dentro da sua família.

Converse com seu pediatra sobre todo esse processo e tire sempre todas as suas dúvidas. Ele ficará muito feliz em fazer parte dessa nova fase de vida do seu filho!

Fonte:

Dra Marcela Prates Braz
Especialidade: Pediatria e Puericultura
CRM/SC 16065 | RQE 8033

Currículo

De acordo com dados do International Study of Asthma and Allergies in Childhood (ISAAC), a rinite atinge cerca de 26% das crianças e 30% dos adolescentes no Brasil. A rinite é uma doença caracterizada pela inflamação das mucosas do nariz que causa espirros, coriza, obstrução nasal e coceira no nariz e na garganta. Gerson Köhler, ortodontista e ortopedista-facial explicam que uma das implicações da obstrução nasal é a respiração bucal.

— Respirar pela boca interfere diretamente no crescimento e desenvolvimento da face infantil — resalta.

A obstrução nasal gera deficiências na capacidade de aquecimento, umidificação e filtração do ar pelas narinas, favorecendo que o ar seja inspirado pela boca. Como a respiração compõe as funções vitais do organismo, qualquer desequilíbrio causa inúmeras alterações em diferentes órgãos e sistemas.

— Alterações no crescimento do crânio e da região dentofacial, na qualidade do sono, no desempenho escolar, na fala, na alimentação e na postura corporal são algumas das consequências da respiração bucal — pontua.

Juarez Köhler, também especialista em ortodontia e ortopedia facial, afirma que a respiração bucal é um dos sintomas mais comuns na infância e seus efeitos são devastadores, trazendo consequências para o resto da vida se não houver o tratamento precoce e adequado.

— As alterações interferem na qualidade de vida da criança. Desde o nascimento o organismo está programado para respirar pela via aérea nasal e assim deve ser durante toda a vida, mesmo que haja resistências a passagem de ar pelo nariz — observa.

A respiração bucal influencia ainda o sono das crianças. Ronco, baba noturna, síndrome da apnéia e hipopnéia obstrutiva do sono são alguns dos problemas que dificultam uma boa noite de descanso, ocasionando dificuldades de atenção, concentração e de aprendizagem e hiperatividade.

— Dormir com a boca aberta prejudica ainda o equilíbrio interno e externo da boca e dos músculos, inclusive da língua. O desequilíbrio na musculatura facial gera uma deficiência funcional importante e significativa — evidencia.

A alteração na musculatura prejudica a mastigação e a deglutição, fazendo com que a criança não se alimente de forma adequada. Ela pode se cansar e não comer o suficiente ou comer em excesso e rápido, resultando em magreza ou obesidade.

— Além das alterações posturais dos órgãos fonoarticulatórios, a criança ainda sofre com mal posicionamento da cabeça em relação ao pescoço, influindo nocivamente sobre a coluna, principalmente cervical. Os pais devem ficar atentos a respiração dos seus filhos e procurar o profissional adequado assim que notarem qualquer modificação.

A fonoaudióloga acrescenta que quanto mais cedo o tratamento tiver início, menores serão as consequências e a intensidade das implicações.

— É fundamental analisar o grau de obstrução nasal e a realização de exames específicos com médicos otorrinolaringologistas que esclareçam as principais causas da respiração bucal. O tratamento deve agir diretamente na origem do problema para que a solução seja eficaz, aumentando a qualidade vida dos pacientes — destaca.

O diagnóstico e tratamento devem ser feitos por uma equipe multidisciplinar, composta por no mínimo um médico, um fonoaudiólogo e um ortodontista, tendo em vista a complexidade do problema.

— O médico irá tratar a obstrução nasal, o ortodontista ou ortopedista facial irá corrigir as alterações dentárias e o fonoaudiólogo será responsável pela reeducação e adaptação da respiração através da adequação das funções orais e equilíbrio da musculatura.


Fonte:

Dr. Rafael Reginato
Especialidade: Dentista
CRO 10383

Currículo

Antes de qualquer coisa, precisamos entender: o que é fimose?
Um tema tão frequente nos consultórios pediátricos, mas que ainda gera preocupação e medo entre as mães. O pênis é composto pelo corpo e glande, onde se encontra a extremidade da uretra. O prepúcio é a pele que envolve a glande e, normalmente é retrátil. A incapacidade de expor a glande quando tracionado o prepúcio é denominada fimose.

Mas porque isso acontece?
Não é só pelo fato de o prepúcio estar colocado a glande, mas também pela presença de um anel estreito, decorrente de processos inflamatórios locais como assaduras ou pratica inadequada de massagens, que forçam a pele causando micro traumas, que, por sua vez, favorecem a formação de cicatrizes, reduzindo a elasticidade local.

Aos 6 meses de idade 20% das crianças conseguem expor a glande; aos 3 anos, 90%. Assim, tratamentos devem ser evitados antes de 1 ano de idade.

Entre 1 e 5 anos, dependendo da avaliação de seu pediatra, o tratamento clínico por meio de corticóide tópico na forma de cremes associado a manobras de estiramento prepucial não traumático pode ser empregado durante 4 a 6 semanas, com eficácia de 95%. A conduta cirúrgica raramente é empregada, sendo reservada para casos mais graves ou refratários.

Converse com o seu pediatra e tire suas dúvidas. Seguindo as recomendações dele você não precisa se preocupar!

Fonte:

Dr. Guilherme de Avelar Ferreira
Especialidade: Cirurgia Pediátrica
CRM/SC 5943 | RQE 2902 / RQE 2903

Currículo

O que é gripe?
Gripe é uma infecção viral do sistema respiratório causada pelo vírus influenza. É frequentemente confundida com outras viroses (resfriados) e seu diagnóstico correto só é realizado mediante exame laboratorial específico.

Quais os sintomas da gripe?
Pessoas infectadas pelo vírus influenza podem apresentar os seguintes sintomas:

• Febre ou sensação de febre
• Tosse
• Nariz escorrendo
• Fadiga
• Dores de cabeça
• Dores musculares
• Garganta inflamada

Como se transmite o vírus da gripe?
O vírus da gripe pode ser transmitido de duas formas:

• Transmissão direta: pelo ar, através de um espirro ou tosse.
• Transmissão indireta: por meio das mãos que, após contato com superfícies recentemente contaminadas por secreções respiratórias de um indivíduo infectado, podem carregar o agente infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos.

Qual a incidência da gripe?
Entre 5% a 15% da população mundial é infectada anualmente pelo vírus influenza.

Como podemos nos prevenir contra a gripe?
• Lavar as mãos com água e sabonete, especialmente depois de tossir ou espirrar.
• Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço descartável.
• Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.
• Tomar a vacina.

Converse com seu médico e tire suas dúvidas!
Centro de Vacinas Clínica Curumim

As férias estão começando e normalmente as famílias aproveitam este período para passear. Nos hospedamos em hotéis, alugamos casas, realizamos cruzeiros, etc. As vezes permanecemos em lugares aonde as condições de higiene e o tratamento da água e alimentos não são os ideais. Sem contar que tendemos a comer em restaurantes e lanchonetes com mais frequência.

É sabido que as principais vias de contaminação dos agentes causadores de diarréia aguda são a água e os alimentos contaminados, e não podemos esquecer das mãos e em alguns casos o trato respiratório. Para diminuirmos os riscos de contaminação seguem algumas dicas úteis:

1 - Lavar as mãos sempre antes de manipular alimentos ( seja para prepará-los e/ou consumi-los). O uso do álcool gel também se mostra eficaz na higiene das mãos.

2 - Cuidar da limpeza dos utensílios utilizados no preparo ; armazenamento e consumo de alimentos é importante, pois a contaminação pode ocorrer neste momento. A água a ser ingerida e alimentos crus (verduras, legumes e frutas) também devem ser desinfetados.

3 - Evitar consumir alimentos crus fora de casa e certificar-se que alimentos altamente perecíveis (frutos do mar e peixes por exemplo) estão frescos e foram preparados adequadamente. Lembrem-se que no preparo de um simples picolé pode ocorrer a veiculação de germes, portanto prefiram aqueles produzidos por empresas conhecidas, mesmo que sejam um pouco mais caros. A economia é tão pequena que não vale o risco.

4 - No caso de algum familiar apresentar diarréia, separar os seus utensílios pessoais e louças, e se possível utilizar um banheiro separado. Novamente o álcool gel se mostra eficaz para a desinfecção das mãos e objetos.

Nós, da Clinica Curumim, desejamos a vocês boas festas e aproveitem as suas férias sempre com segurança!

Fonte:

Dr. Antonio Augusto de Carvalho Brasil Neto
Especialidade: Pediatria e Puericultura
CRM/SC 6752 | RQE 2185

Currículo